Somente com duas fábricas que deixaram de se instalar no Piauí foram mais de 35 mil empregos perdidos e R$ 4, 3 bilhões em investimentos no ralo do faz de conta.
Atrair novas empresas, gerando emprego e renda e, com isso, melhorar o Produto Interno Bruto (PIB) é um dever de casa que deve ser um dos principais focos do poder público. No caso do Piauí, isso ficou quase que a própria sorte. É o que analisa o pré-candidato ao Senado, Fábio Sérvio (Podemos), ao relembrar o primeiro mandato do então governador Wellington Dias (PT).
“A primeira falha do governo do PT, na minha concepção, ao longo do tempo, foi espantar do Estado investidores. Quando Wellington assumiu o governo pela primeira vez, em 2003, e você pode olhar os números da indústria no Maranhão e os números da indústria no Piauí (o Ceará já estava muito à frente da gente), nós estávamos em nível de competição igual. Qual foi a atitude do governo do estado do Maranhão? Foi competir com o estado do Piauí. Então, ele reduziu ICMS, criou leis de incentivo eficientes e tirou do Piauí, em um movimento legítimo, a capacidade de atrair iniciativa privada para o estado”, explica o pré-candidato.
Sérvio relembrou anúncios feitos pelo ex-governador Wellington Dias em alguns setores que, na prática, foram decepção para os piauienses. Em apenas dois empreendimentos, em 2008 com a Suzano (fábrica de papel em Nazária) e 2016 com Grupo Budny (fábrica de tratores em Campo Maior) foram deixados de gerar quase 35 mil empregos diretos e indiretos com investimento superior a R$ 4,3 bilhões.
“Aí você puxa as notícias que saíram na época. Anunciaram a vinda de cervejaria para cá, anunciaram a fábrica de tratores, anunciaram a Suzano. Nada aconteceu em termos de grandes investimentos empresariais. Foi só uma falha do governo? Não. Foi só uma falha específica do Wellington Dias? Não. Foi uma falha da política do Piauí como um todo, desde o Senado, passando pela Câmara Federal até chegar ao Estado”, completou.
Da Redação