O Brasil registrou deflação –queda no índice de preços– de 0,68% em julho. Essa foi a 1ª queda do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) desde maio de 2020 (-0,38%). Também foi o maior recuo registrada da série histórica, iniciada em janeiro de 1980 –ou seja, 42 anos.
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou o resultado nesta 3ª feira (9.ago.2022). Eis a íntegra do relatório (863 KB). O recorde anterior era de agosto de 1998, quando houve deflação de 0,51%.
A queda do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) foi levemente maior do que a projeções do mercado financeiro obtidas pelo Poder360. Analistas estimavam deflação de 0,66% ou mais em junho.
No ano, o IPCA acumula alta de 4,77%. O índice desacelerou em julho em relação a junho no acumulado de 12 meses. A taxa passou de 11,89% para 10,07%. Ainda assim, está acima de 2 dígitos há 11 meses. Esse é o menor percentual desde agosto de 2021, quando teve alta 9,68% em 12 meses.
A deflação de julho foi puxada principalmente pelo grupo de transportes, que teve queda de 4,51% nos preços. Os preços dos combustíveis recuaram 14,15%. A gasolina tombou 15,48%, o etanol, 11,38%. Só o óleo diesel teve alta: +4,59%.
Em 23 de junho, o presidente Jair Bolsonaro (PL) sancionou nesta 5ª feira (23.jun.2022) o projeto de lei que limita o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre o diesel, a gasolina, a energia elétrica, as comunicações e os transportes coletivos.
Dos 9 grupos pesquisados, houve deflação em 2. Os preços do grupo habitação recuaram 1,05%. A energia elétrica recuou 5,78% no mês. O grupo alimentação e bebidas teve alta de 1,3% em julho.
Fonte: Poder360
Gráfico: IBGE